Boa noite pessoal,
Estou deixando com vocês mais alguns trechos da obra "O Tesouro de Spada"...
E aproveito para anunciar o lançamento oficial para 13/02, sexta-feira...
Está chegando...
Daniel
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Próximo do meio dia, quando Patinhas parou um pouco para almoçar, surgiu dona Cotinha, antiga secretária do seu pai e agora sua.
- Desculpe interromper patrão, mas o senhor me pediu para lembrá-lo do jantar hoje, no Clube dos Milionários.
Patinhas suspirou. Não se havia lembrado disso.
Ele sabia que seu pai fora sócio desse clube. Também sabia que ele não se orgulhava muito desse fato. Lá se reuniam as pessoas mais fúteis, mais materialistas, mais egoístas que ele conhecia. Dentre os membros, havia um que lhe despertava profunda aversão: Patacôncio. Como esse sentimento era recíproco, eles muitas vezes brigavam nos encontros, o que era mais uma razão para ele evitá-los. Mas naquele clube estavam pessoas com as quais era lucrativo fazer negócios e a perspectiva do lucro fazia Patinhas aguentá-las.
Quando Patinhas Cintilante assumiu os negócios do pai, fora convidado para se juntar ao clube. Ele sabia que, assim como o pai, não era querido lá, mas aceitou assim mesmo. Na verdade, não fazia lhe muita diferença ser ou não membro. Ele quase nunca o freqüentava. Entretanto, nesta noite estaria presente o sr. Ben Kalish, dono de enormes reservas de petróleo, com quem Patinhas tinha esperança de fazer uma parceria.
Depois de muito refletir, decidiu que o lucro valia à pena:
- Obrigado, dona Cotinha. Eu irei.
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O tesouro a que Patinhas Cintilante se referia correspondia a mil lingotes de ouro de duas a três libras cada um, vinte e cinco mil escudos de ouro, enormes quantidades de pérolas, pedrarias e diamantes. Ele havia sido revelado a Edmond Dantès, o futuro conde de Monte Cristo, por seu colega de cela, o abade Faria.
Consistia na fortuna do cardeal italiano Spada. No final século XV, o papa Alexandre VI, antigo Rodrigo Bórgia, necessitava de dinheiro para enfrentar Luís XII da França, e seu filho, César Bórgia, também necessitava de dinheiro para concluir sua dominação da Itália.
Os dois estadistas tiveram então uma ideia que auxiliava enormemente seus propósitos: venderiam cargos de cardeais às famílias mais ricas da região, Spada e Rospigliosi. Lucrariam então com a venda dos postos e depois se apossariam das grandes fortunas dos dois cardeais, quando estes morressem.
Tudo correu bem e os infelizes cardeais morreram misteriosamente, após um jantar com os Bórgia. Entretanto, estes se viram com um problema: enquanto conseguiram se apoderar da grande fortuna do cardeal Rospigliosi, a do cardeal Spada havia desaparecido. De acordo com o livro, ela havia sido escondida na ilha de Monte Cristo, onde foi encontrada, séculos depois, por Edmond Dantès.
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Desde muito cedo, o sr. Murdstone obrigara Flint a mendigar. Ele não entendia o porque disso, uma vez que o salário do tio deveria ser suficiente para a via modesta que levavam. O problema é que o tio destinava esse a outros fins. Apaixonado pelo jogo, ele sempre afirmava que um dia enriqueceria.
O problema era que, sempre que ganhava alguma coisa, ou gastava com prostitutas e bebidas mais “finas”, ou continuava apostando e perdia, voltando para casa revoltado e endividado. Ele descontava então no sobrinho e na esposa. A renda da família, portanto, era praticamente só o que Flint ganhava com a mendicância.
No dia seguinte, Flint acordara muito triste. Não queria mendigar no sábado, dia em que todos os outros meninos tinham folga. Se ele os visse, ficaria com inveja deles e, se eles o vissem, ririam dele. Mas temia a ira do tio e isso lhe deu forças para se levantar.
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O Chateau de Monte-Cristo, ou Castelo de Monte-Cristo, foi construído por Alexandre Dumas em 1844. Localizado em Port-Marly, ele corresponde a um castelo renascentista, onde o autor morava, um castelo gótico completo (até com um fosso em miniatura), onde ele escrevia, e um parque fabuloso, repleto de árvores, cavernas, rochas e cachoeiras artificiais.
Infelizmente, o escritor foi forçado a vendê-lo por causa de dívidas em 1851. Desde então, ele teve vários donos e foi decaindo gradativamente. Em 1970, dois grupos, o Syndicat intercommunal de Monte-Cristo e a Société des Amis d’Alexandre Dumas trabalharam para impedir sua demolição e reconstruí-lo.
Naquele domingo, era para lá que Patinhas Cintilante e seus companheiros se dirigiam. Depois de pagarem a entrada e escolherem uma visita sem guia (era melhor para suas investigações), eles entraram na propriedade.
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