Boa tarde pessoal,
Estou trazendo hoje uma super entrevista com Gabriel Almeida, um grande amigo e autor da próxima crônica de Nova Patópolis, "O TESOURO DE SPADA"...
Como leitor em primeira mão, posso afirmar que o Gabriel captou o espírito e a ideia de Nova Patópolis e criou uma história de caça ao tesouro humana, interessante e redentora...
Fiquem agora com nosso autor e logo abaixo, alguns trechos de sua obra...
1) Bom dia Gabriel Almeida. Antes de mais nada, agradeço a oportunidade das pessoas conhecerem um pouco sobre o mais novo escritor do Universo Nova Patópolis e com certeza, de seus próprios personagens no futuro. Tudo bem com você?
R. Tudo bem, Daniel. Eu que agradeço por esta entrevista.
2) Gabriel, conte um pouco sobre suas experiências com a leitura e como elas influenciaram sua formação.
Bem, desde muito pequeno eu gosto de ler. Este traço eu tenho que agradecer aos meus pais (e uma infinidade de outras coisas também). Eles liam para mim revistinhas da Turma da Mônica e da Disney e os livros do Monteiro Lobato e foi daí que eu fiquei apaixonado pela leitura. Logo que eu aprendi a ler e escrever, passou a não haver revista em minha casa em que eu não tivesse colocado as mãos (e os olhos, evidentemente). Em pouco tempo, eu me interessei também pelos livros, primeiro por aqueles com figuras (porque eram mais fáceis e muito mais interessantes pra mim). Depois elas passaram a ter pouca importância. Hoje eu posso dizer que uma das minhas atividades preferidas é a leitura e é difícil eu ficar mais de uma semana sem ao menos ler um pedacinho que seja de um livro.
3) Quais seus autores e histórias favoritas e por que?
Os meus autores favoritos são Alexandre Dumas, Père, Júlio Verne, Robert Louis Stevenson, Arthur Conan Doyle, Agatha Christie e Charles Dickens. Já dá para perceber que eu gosto de livros mais antigos e, sobretudo, de aventuras. Exatamente. Eles agradam muito à minha natureza inquieta e aventureira. Embora muitos conhecidos meus questionem esse meu gosto, dizendo que são livros infantis, sem profundidade, escritos com intuitos comerciais etc, eu sou forçado a discordar. Isso pode até parecer meio estranho, mas eu encontrei muito mais sabedoria (sabedoria mesmo) e até conhecimentos sobre as emoções humanas nestes livros do que em muitos outros que são considerados obras primas da literatura e da intelectualidade. O meu blog “Piratas e Mosqueteiros”, foi criado exatamente para defender a qualidade desse tipo de livros.
4) O quê você acha da Internet, dos livros virtuais e dos scans como meio de propagação da cultura?
Eu sou um dos maiores defensores da propagação da cultura na Internet. Grande parte dos livros que possuo só foi encontrada virtualmente na Internet. Eu os procurava em livrarias e sempre ouvia que eles estavam esgotados, que suas editoras tinham fechado ou até mesmo que eles nunca tinham sido vendidos no Brasil (coisa que eu sabia que não era verdade). Quase todas as revistas que possuo, também foram encontradas nela e muitas destas eram também quase impossíveis de se encontrar em lojas.
5) Como foi seu contato com o Universo de Nova Patópolis?
Meu contato com o Universo de Nova Patópolis foi através do blog maravilhoso “Chutinosaco”, do Luiz Dias. Eu já freqüentava ele há um tempo e via algumas referências a esses livros, que eu achava muito curiosos. Graças a ele, conheci o site igualmente fantástico da Gibiteca, que também passei a visitar frequentemente. Certo dia, encontrei aqueles livros nesse site também. Imagine a minha surpresa quando descobri que o “dono” do site era o autor deles. Resolvi então lê-los, e posso dizer que foi uma das melhores leituras que tive na época (época não é a melhor palavra, já que eu terminei todos os três principais em um dia e “A Vingança de Janus” no dia seguinte).
6) Qual seu personagem preferido na saga e por quê?
O meu personagem preferido em toda a saga é o Donald. Eu o acho o mais humano deles, aquele com quem é mais possível se identificar. Ele se importa com sua família e com sua namorada, tem problemas e dúvidas como todos nós, mas também tem coragem para seguir em frente.
7) Como surgiu a vontade e a idéia de escrever um livro de Nova Patópolis?
Desde pequeno eu sempre tive uma imaginação muito fértil. Eu desenhava histórias inteiras que eu imaginava em cadernos, criava outras com os meus bonequinhos Playmobil, me imaginava participando das histórias que tinha lido. Por causa disso, sempre tive o sonho secreto de ser escritor. Infelizmente, eu nunca tive tanta coragem para isso, sempre ouvia que isso era difícil, que a literatura não era valorizada no país, que eu ia ter mais prejuízo do que lucro. Ainda tinha o problema que o estilo de livro que eu queria escrever não era exatamente dos mais apreciados, diziam que era antiquado, sem graça e sem qualquer relação com a realidade brasileira. Isso era bem desanimador.
Isso mudou quando descobri os livros da Nova Patópolis. Além de eles terem me dado coragem para escrever, eles me mostraram uma possibilidade que eu nunca tinha considerado antes. Lançar meus livros virtualmente. Isso resolvia todos os meus problemas. Não haveria problema de prejuízo, afinal de contas eu decidi nem cobrar por eles (já que a escrita sempre foi uma diversão pra mim); a divulgação seria mais fácil e se alguém não gostasse do estilo nem ia precisar de se importar com eles.
Vamos voltar agora para o meu livro da Nova Patópolis. Assim como quando eu era pequeno, eu comecei a imaginar as minhas próprias histórias nesse Universo. Uma delas foi tomando mais forma, eu fui explorando ela mais e mais até que por fim eu decidi escrevê-la. Ia ser até apropriado. O primeiro livro que eu ia escrever teria uma relação com aqueles que me deram coragem para fazer isso.
8) O quê podemos esperar do seu livro "O Tesouro de Spada"?
Das histórias Disney, as caças ao tesouro do Tio Patinhas criadas pelo Carl Barks e depois pelo Don Rosa sempre foram as minhas preferidas. Elas não só davam asas à minha imaginação e agradavam ao meu espírito aventureiro (não que eu seja um Indiana Jones, mas sou incapaz de ficar quieto), mas também davam chances para os personagens mostrarem a sua personalidade.
O Tio Patinhas, então, sempre mostrava um lado mais humano nessas histórias.
O meu livro então segue o estilo deles, embora tratando de questões um pouco mais profundas, que é uma das coisas que o Universo da Nova Patópolis permite. É uma história inicialmente envolvendo uma caça ao tesouro, mas em que o principal é explorar as relações entre os personagens. Nesse caso, Patinhas Cintilante, Donald e os sobrinhos e alguns outros (que não vou revelar) que não foram utilizados ainda no Universo da Nova Patópolis. Também vão haver várias referências aos livros e revistas que já li, sendo o próprio tesouro do título uma homenagem ao meu livro preferido, “O Conde de Monte Cristo”.
9) Tem outras idéia e pretende escrever novas histórias?
VÁRIAS. A minha cabeça é igual ao meu corpo, não consegue ficar quieta nem um segundo. Pretendo escrever em um futuro próximo mais um livro da Nova Patópolis, desta vez com um dos meus personagens Disney preferidos: Darkwing Duck. Tenho também algumas ideias para mais alguns livros nesse universo, mas elas ainda não estão bem desenvolvidas. Também pretendo escrever outros livros à parte. Tenho dois que já estão quase prontos na minha mente: um livro de aventuras cheio de lutas de espada na época das revoluções da Inglaterra e uma história de mistério no estilo Agatha Christie.
10) Obrigado pela atenção Gabriel. Por favor deixe uma mensagem para os leitores e fans de Nova Patópolis.
Eu primeiro lugar queria te agradecer, Daniel, pela entrevista e por ter me deixado escrever este livro. Foi a realização de um sonho. Agora, eu só quero dizer que torço para todos que leiam o meu livro gostem dele o tanto quanto eu gostei de escrevê-lo.
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- Ele falou muito bem da senhora no diário. Por que a senhora era tão boa com ele também? A maioria dos empregados parece que o detestava.
Ela deu uma risadinha.
- É, ele não era muito querido por todos. Mas eu... eu gostava dele... Não, não é dessa forma que o senhor está pensando – Ela apressou-se em dizer, depois de reparar na expressão de surpresa dele.
– Eu tinha um pouco de pena, mais de uma vez o peguei olhando para as fotos das irmãs, com uma expressão muito triste. Dava para ver que mesmo com todo o dinheiro, ele não era muito feliz. Eu me sentia mais ou menos como uma irmã mais velha. Fui eu quem falou pra ele convidar o Donald e os meninos naquele Natal.
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Estudiosos...
Rapidamente Patinhas pesquisou os estudiosos de Dumas. Em pouco tempo, encontrou o que queria: “Jules Fèval, maior autoridade em Alexandre Dumas”. Havia também o endereço e o telefone.
- Bem Patinhas, está na hora de provar que é filho do seu pai – Disse para si mesmo.
O problema agora era decidir quem iria acompanhá-lo na expedição. Ou melhor, o problema era convencer quem ele queria a acompanhá-lo.
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- ATÉ QUE ENFIM VOCÊ CHEGOU! QUEM LHE DEIXOU FICAR FORA ATÉ TÃO TARDE?
Ele tentou explicar que fora o tio quem o mandara, mas não teve chance.
- NÃO INTERESSA! VAMOS, PASSE O DINHEIRO – E, vendo como ele tinha pouco, explodiu – SÓ ISSO? O QUE VOCÊ FEZ COM O RESTO?
- É... é só isso...
- MENTIRA! VOCÊ ESTÁ MENTINDO, COMO TODO MUNDO DESSA SUA RAÇA MALDITA, COMO TODOS ESSES MALDITOS HOLANDESES! – Gritou e deu um tapa em Flint. E outro. E outro...
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- Não se preocupe primo. Já achamos pistas mais difíceis do que essa. – Disseram os meninos.
- Lembram daquela vez que a gente foi atrás da Pedra Filosofal? Primeiro nós fomos pra Alemanha, depois pra Roma, depois pra Sicília, depois pra Damasco, depois pra Bagdá e depois pra Creta. E ainda acabamos dentro do labirinto! – Disse Huguinho.
- É! E aquela vez que procuramos o tesouro de Sir Quackius, no castelo do tio, na Escócia? – Lembrou Zezinho.
- E quando procuramos o “Holandês Voador” com ele? – Lembrou Luisinho.
- E teve aquela do Vale do Sol Dourado, que eu participei. – Disse o capitão Boeing, com orgulho.
- Também teve aquela vez... que ele me mandou investigar os naufrágios que estavam acontecendo com os navios de ouro dele, que eram coisa dos Metralhas. – Foi Donald quem disse dessa vez.
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