terça-feira, 7 de julho de 2020

Corporação Gaia - Daphnée Dubois


Daphnée Dubois, primogênita e herdeira da construtora Dubois, perdeu a mãe aos cinco anos e nunca recebeu a atenção devida do pai.



Já adulta, mas muito jovem, por pressão dos setores mais conservadores da alta sociedade, casou, casou e casou... três matrimônios, um mais desastroso que  o outro...

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Mas hoje não... por mais que toda a rotina da casa estivesse perfeita e em dia, o fato de sua patroa e amiga estar deitada no sofá da sala, era motivo de extrema preocupação. E mesmo ela tendo pedido, na verdade ordenado, para ficar sozinha, Louise não aguentou mais e naquele momento, desobedeceu a ordem gritada há pouco mais de uma hora.

Louise caminhou até a sala e tentando puxar assunto, disse:

- Senhora Dubois, precisa de alguma coisa?

- Preciso... ficar sozinha... eu já disse... e não tem ninguém aqui além de nós... você sabe que eu odeio... quando você me chama de senhora... - respondeu ela, com muita má vontade.

- Desculpe querida, é força do hábito... o protocolo...

- Dane-se o protocolo... dane-se o mundo... dane-se a minha vida... me deixa sozinha - ordenou ela, se virando no sofá.

- Não fale assim querida, você já passou por tanta coisa... eu não aguento te ver assim - disse ela, emocionada e chegando mais perto.

- Sim... você viu tudo de perto não é? Mamãe, papai... e o que dizer do trio, qual você acha que foi pior? O abusador, o agressor ou o traidor?

- Sim, eu vi tudo... mas, mesmo com tudo isso, tem uma coisa que eu nunca vi, querida... e isso está me preocupando muito. Eu nunca te vi caída no sofá, sem comer, sem se banhar e chorando... você não está bem...

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E sem querer, seu caminho cruza com o de Natasha Bykov em Berlim... e de uma conversa descontraída no bar, nasceu uma grande amizade...

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E por volta das 21:00 hs, enquanto experimentava uma bebida colorida e engraçada que tinha chamado a sua atenção no cardápio, que ela viu Daphnée entrando pelo acesso principal.

- Daphnée! Daphnée! - chamou ela, bem alto, após se levantar e ao mesmo tempo em que acenava.

- Natasha?! - quase gritou a garota, vindo rapidamente em sua direção.

- Que bom que você veio, eu estava te esperando, senta, senta! - disse Natasha com um sorriso.

- Vous veio parra me verr? Est conseguiu une table? Vous êtes belle - respondeu Daphnée, se sentando e sorrindo.

- Claro... adorei te conhecer ontem e queria falar contigo de novo.

- Je suis là, mon amour... est querr falarr sobrre? - perguntou ela, enquanto acenava para o garçom.

- Qualquer coisa... o que importa e que podemos brindar a vida de novo, não?

- Naturellement...

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E qual será o papel dela na vida de Natasha? O que o destino reservou para as duas amigas? Como duas pessoas tão diferentes poderão confiar uma na outra?

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Após quase uma hora, Natasha acabara de sair do banho, vestindo um roupão fofinho e com uma toalha enrolando o cabelo. E foi ao pisar no quarto, que aparentemente Daphnée se assustou e virou a cabeça em direção a ela, com os olhos arregalados.

- O que foi Daphy? - perguntou ela com naturalidade, mas sem receber qualquer resposta.

Natasha tirou a toalha e enxugou os cabelos, quando insistiu na pergunta: 

- O que foi, coisa?

- Quem é você? - perguntou Daphnée com a voz assustada.

- O que? Que raio de pergunta é essa? - perguntou Natasha, sem paciência para joguinhos.

- Qual é o seu nome? - perguntou Daphnée de novo, de forma estranha.

- Tá bom coisa, vou entrar na sua brincadeira... meu nome é Natasha Bykov... posso saber o que acontece agora? - respondeu ela, sem muito interesse, enquanto continuava a enxugar o cabelo.

- Mesmo? Tem cerrteza... que não é... Mileva Nikolin? - disse ela, tremendo a voz.

Natasha travou. E sentindo uma pequena palpitação enquanto a encarava, respondeu:

- O que você disse?

Daphnée não respondeu, mas seus olhos começaram a se encher de lágrimas.

- Repete o que você falou, Daphy - disse Natasha, começando a andar na direção dela.

- Non! Non! Fica longe! - disse ela, tremendo todo o corpo. Ao estender o braço, fazendo sinal para ela não se aproximar, Natasha viu seu passaporte na mão dela.

- Por que você pegou meu passaporte?! - quase gritou Natasha, dando um passo forte em direção a ela, apenas para parar no segundo seguinte.

- NON! FICA LONGE! - gritou ela, desesperadamente - Se não chamo polícia! Fica longe de mim!

Natasha percebeu naquele instante que faltava apenas uma pequena gota para Daphnée surtar, já que ela estava apavorada e não raciocinava direito. Ela teria que ter muita calma e pior ainda, acalma-la.

- Tudo bem, estou longe... não vou fazer nada... você sabe que eu nunca faria nada contigo - disse ela, parada e com a voz mais calma possível.

- Non! Você mentiu prra mim! Igual todos! Eu nem sei seu nome! Eu sou uma idiota! Só sirrvo prra serr enganada! - falou ela, agora, desabando a chorar.

- Daphy, desculpe minha reação, mas eu nunca menti pra você... você acompanha minha vida, sabe meu nome e sabe no que eu trabalho... 

- Mentirra! Quem é você de verrdade? Diga-me.

Natasha respirou fundo, realmente Daphnée tinha razões por estar desconfiada, mas hoje, ela saberia de tudo.

- Daphy, eu sou Natasha Bykov, moldaviana, filha de Anton Bykov e Ileana Bykov, pertenço a uma linhagem aristocrata que foi dizimada durante a guerra contra a URSS. Vivi todos os anos da guerra no castelo Peterhof, fui assessora do príncipe quando ele retornou do exílio, trabalhei na KGB até o fim da guerra fria, depois me tornei agente da CIA. Eu sou Natasha Bykov, a mulher que nunca mentiria pra você.

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sábado, 20 de junho de 2020

Boa dia Pessoal,

Obrigado a todos os amigos que já leram, opinaram e mandaram um e-mail comentando sobre o Mancha Neural.

E agradeço também ao amigo Fabiano que fez uma resenha no seu blog Socializando (LEIA AQUI) e ainda teve a gentiliza de criar uma CAPA muito profissional para meu pequeno livro... Estou adotando ela e postando novamente para quem quiser...

E aqui estamos com o Mancha Neural, o último embate entre Mickey e o Mancha Negra.

De bonus a inédita origem de um dos maiores vilões da Disney...




Mancha Neural - Versão Final















Agradeço a todos os meus queridos leitores e espero que gostem.

Um grande abraço a todos e boa leitura...

Daniel Alencar

sexta-feira, 15 de maio de 2020

Lançamento Oficial - Mancha Neural : Ato II - Guerra

Boa noite Pessoal,

Aqui estamos para a continuação do Mancha Neural... Para quem não leu a primeira parte, ambas estão neste arquivo...

Degustem a íncrivel e nunca contada origem do Mancha Negra.


Mancha Neural : Ato II - Guerra

Na linda e antiga fazenda de Nadeyus, a chegada do herdeiro dos Ivanov foi motivo de festa. Vladimir e Yeva sempre desejaram o melhor para seu filhinho Dmitri.
Após alguns anos, Dmitri viria a conhecer seus melhores amigos, Natasha e Nicolai, na escola dos ricos e aristocratas.
Oque eles nunca imaginariam é que sua mocidade seria conturbada, pois seu amado país entraria em guerra contra os russos.
E foi com perdas imensas, promessas quebradas e sofrimento de inocentes, que a vida do trio de amigos, mudaria para sempre.















Semana que vem, a conclusão... 

Os destinos de Mickey, Natasha e do Mancha Negra entram em colisão... Qual será o desfecho do ultimo embate entre os dois inimigos?

Agradeço a todos os meus queridos leitores e espero que gostem.

Um grande abraço a todos e boa leitura...

Daniel Alencar

sexta-feira, 8 de maio de 2020

Lançamento Oficial - Mancha Neural : Ato I - Assassinos

Boa noite Pessoal,

Conforme prometido, hoje é o lançamento do meu primeiro romance tendo o Mickey como protagonista... Na verdade, o primeiro ato... 

Mancha Neural : Ato I - Assassinos

Mickey está entediado, a espera de um caso.
Seus últimos trabalhos em Anderville e Avangard City o tornaram uma celebridade, mas nada interessante ocorre há tempos.
Até que um dia, agentes da CIA procuram o detetive com uma proposta insólita... Caçar o seu velho inimigo, o Mancha Negra, no Leste Europeu, pois desconfiam que ele está envolvido em um massacre sem explicação de um pequeno povoado.
Como parceira de Mickey, Natasha Bykov, ex-KGB, agora uma agente freelancer, que procura o Mancha por um motivo pessoal.
O único mistério que nem a CIA soube responder é por que os mortos no vilarejo tem o mesmo sintoma de diversos assassinos que estão atacando politicos e empresários pelo mundo...
Uma pequena mancha negra no cérebro.











Agradeço a todos os meus queridos leitores e espero que gostem.

Peço a todos que deixem ou agora ou após a leitura, um comentário sobre o quê acharam.

Um grande abraço a todos e boa leitura...

Daniel Alencar

quarta-feira, 6 de maio de 2020

Dois dias para o Mancha Neural...


Prezados,

Em maio vocês finalmente verão a minha visão do Mickey, contando a história do embate final entre o detetive e sua nemesis, o Mancha Negra.

O livro é formado por três atos, independentes e ao mesmo tempo, interconectados.

Não percam as datas:

- 08/05 : Ato 01 - Assassinos

- 15/05 : Ato 02 - Guerra

- 22/05 : Ato 03 - Confronto


Preview
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...

– Não importa o que aconteça, eu sempre te amarei.

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– Duas coisas nos dão a certeza de que o senhor será imprescindível nesse caso e uma delas foi o seu sucesso em Avangard City.

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– Claro que não. Você acha que não sentirei sua falta? Caso um dia apareça outra missão ou viagem como essa, só aceitarei se puder levar você, pois enquanto trabalho, você pode pegar um trem e viajar pela Europa. Que tal? 

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– Aqui não é sua cidadezinha de periferia e nem estamos procurando um batedor de carteira, estamos no meio do Leste Europeu a caça de um terrorista assassino. Eu o procuro há anos e já encontrei cúmplices e fornecedores em becos imundos e perigosos, e mesmo assim ninguém me indicou qualquer coisa. Você acha que em alguns dias, na parte nobre da cidade, irá se sair melhor?

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– Você tem uma casa em uma cidade tranquila, uma noiva de muitos anos e um status de quase celebridade nos meios legais de Ratópolis. Para que se arriscar neste trabalho perigoso, longe de toda a sua vida?

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– Mentira, foi só coincidência eu não estar lá. Você nunca se importou comigo, seu miserável frio e calculista.

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– Em quase sete anos de guerra, você sempre viveu protegida no castelo. E quanto a mim? Eu presenciei o horror dos campos de batalha, encontrei vilas dizimadas pelas tropas soviéticas para minar a vontade do nosso povo, assisti soldados saqueando as casas e crianças chorando por seus pais e por fome.

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– EU NUNCA VOU TE AJUDAR, SEU LOUCO!!!!

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Para uma experiência completa, leiam sobre a maioria dos fatos citados na história:

- Mickey Mouse Mystery Magazine

http://www.gibiteca.com.br/DescricaoPortal.aspx?Code=0IOOI0

- Darkenblot - o Mancha das Trevas

http://www.gibiteca.com.br/DescricaoPortal.aspx?Code=0LJOM0


Mancha Neural : Ato 01 - Assassinos
08/05/2020 para download e leitura online.








sábado, 25 de abril de 2020

FINALMENTE!!!! Após 4 anos, está pronto...

Prezados,

Após 4 anos, adiamentos, problemas, desanimos, retomadas... Está pronto...

Com a conclusão HOJE do capítulo 19, acabei... (Os OK do lado do nome são os já revisados por terceiros)...

E agora???? Estou tentando me decidir como fazer... Finalmente lançar impresso OU adiar novamente o sonho para o próximo...

Aguardem novidades para breve... Mas sabem qual a doideira disso? Enquanto escrevia o ultimo capitulo, um novo livro, continuação direta deste, brotou na minha mente...

Mas o próximo que já tenho planejado não é Disney, mas um do grande Sherlock Holmes... 





terça-feira, 12 de novembro de 2019

Mancha Neural em produção...

Prezados,

Apesar de não saber ainda como será lançado, continuo produzindo meu próximo livro...

Como sempre, será um texto com muitas voltas no tempo, muitas explicações, muitas motivações...

Mas o formato será um pouco diferente...

Não quero estragar a surpresa, mas acredito que quem começar a ler, só vai conseguir parar no fim...

Intriga, guerra, amor, ódio, raiva, nascimentos, mortes, encontros e desencontros...

E a história?

Minha primeira incursão com o Mickey... em seu mais mortífero encontro com sua nemesis, o terrível Mancha Negra...

Mas existem muitos novos personagems... e hoje eu estava escrevendo exatamente sobre uma delas... Só posso dizer que não é a Karen...

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Boris não era um tipo honesto, mas suas malandragens eram pequenas demais para chamar a atenção de alguém importante. Um contrabando aqui, um passaporte falso ali, nada que pudesse ofender alguém ou torna-lo uma ameaça. Boris valorizava a discrição e isso o mantinha vivo.

Com muito medo ainda, ele ergueu-se e olhou para trás, fitando a escuridão, procurando qualquer movimento. Não havia nada.

- Vadia desgra... - começou a falar consigo mesmo enquanto se virava novamente para frente, com a certeza de que havia escapado. Infelizmente para ele, a frase não pode ser completada.

A mulher estava parada quase colada a seu corpo. Com a mesma roupa e olhar que o atingiu mais forte que um murro.

No segundo seguinte, antes de conseguir falar ou fazer qualquer coisa, ela já o tinha agarrado pela camisa e o jogado com força contra a parede mais próxima. Em seguida, o segurou na parede apertando seu pescoço com o braço direito. Boris não conseguia reagir, apenas balbuciar:

- Moça, por... favor... eu não... fiz nada... 

Impassível como uma profissional, ela simplesmente aproximou a boca bem perto de seu ouvido direito e disse:

- Onde ele está?

- Q-q-quemm??? - balbuciou enquanto tremia muito.

- Onde ele está? - repetiu  com a voz mais grave.

- Moça... eu não...

Ela não repetiu ou explicou, simplesmente o jogou no chão como se fosse um saco de lixo. Em seguida caminhou de forma decidida até próximo a sua cabeça e falou novamente:

- Onde está seu último cliente? Sua última venda de passaporte falso.

Finalmente ele entendeu. O alvo era aquele sujeito estranho que havia encomendado diversos conjuntos de documentos. A esperança de escapar brotou em seu peito ao responder com toda a sinceridade:

- Ah, ele. Eu não se...

Antes de concluir a frase, ela já estava pisando em seu pescoço.

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