quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Cérebro Negro...

Boa tarde pessoal,

Primeiro agradeço de coração aos meus leitores antigos e novos (não tem dia sem acesso a Nova Patópolis)...

Segundo, vou deixar a primeira prévia do meu próximo livro...

Cérebro Negro



Nesse livro, vou abandonar o universo dos patos e me focar no dos ratos... Sim, será o primeiro romance que terá como personagem principal o grande Mickey...

Um Mickey muito próximos ao detetive da série "Mickey Mouse Mystery Magazine"...

Mas e a história?

Diversos assassinatos de empresários, políticos e milionários chamam a atenção do FBI que convoca Mickey para encontrar o responsável...

Para os agentes, tudo leva a crer que o culpado é um dos terroristas mais procurados do mundo, conhecido como Mancha Negra, que foi avistado no Leste Europeu após fugir da prisão de segurança máxima de Avangard City...

Mas o quê Mickey nunca esperaria, era que o plano atual do Mancha, é muito maior e terrível do quê qualquer um poderia imaginar... E quê para detê-lo, talvez o custo seja muito elevado...

Com a inédita origem do vilão...

Abraços a todos,

Daniel Alencar

Fiquem com os primeiros trechos:



...

A sala de Mickey não possuía muita coisa e ele preferia assim, para facilitar a limpeza.

Um sofá marrom de três lugares, uma estante média onde ficava um aparelho de televisão, DVD´s e livros, uma mesinha ao lado do sofá com um abajur e uma mesinha de centro onde ele deixava fotos de amigos e pessoas que valiam a pena ser lembradas.

Sentando-se de forma esparramada no sofá, era impossível não olhar as fotos, um ritual que não incomodava Mickey nem um pouco. Ele adorava rever os rostos das pessoas estampadas em suas lembranças impressas.

As mais queridas não envolvem casos ou aventuras, e sim seus amigos únicos e insubstituíveis.

Minnie ocupa um local de destaque quase no centro da mesa, e Pateta aparece em uma foto juntamente com ele durante uma viagem. Outra tirada pelo Coronel Cintra inclui Mickey com Minnie, Pateta, Horácio e Clarabela.

Além delas, uma foto de seu grande amigo Donald junto com os três sobrinhos e a irmã é uma das mais lembradas. Foi tirada durante férias em Patópolis, onde Mickey hospedou-se na casa dele. Uma outra mais recente é do dia do casamento de Donald e Karen, que na opinião de Mickey, formam um belo casal.

...

Repentinamente, o silêncio foi quebrado por uma voz grossa e imponente:

- Que interessante, tenho visitas.

Ambos olharam em direção ao alto da escada. Mickey ficou em alerta e Natasha apontou a arma direto para a porta que estava se abrindo devagar. Alguns segundos depois, um vulto vestido inteiramente com uma roupa negra de gola, máscara e garras afiadas apareceu.

Mickey o conhecia melhor do quê ninguém e a última vez que o viu assim, eles estavam em Avangard City. Natasha já havia visto fotos deste uniforme, mas isto não evitou que seu coração acelerasse ao visualizar aquela tétrica roupa.

- Como dizem por aí, a vida é cheia de surpresas. De todos os seres humanos deste planeta podre, estão aqui os dois que eu nunca esperaria ver hoje - disse o vulto, começando a descer a escada.

Mickey estava aguardando a ação dele. Como estava desarmado, tinha que confiar na agente Bykov caso o Mancha tivesse uma arma e foi enquanto pensava sobre qual seria a melhor coisa a fazer que seu raciocínio foi quebrado por Natasha.

- TIRE A MÁSCARA! - gritou ela, enquanto apontava a arma para a cabeça do vilão.

- Nossa, quanta intimidade - respondeu o Mancha calmamente.

- TIRE A MÁSCARA AGORA!!! - gritou novamente.

Mickey não entendeu a atitude dela, mas imaginou que não era hora de questioná-la. A situação em que eles se encontravam era extremamente delicada.

- Tudo bem - disse o Mancha, ainda descendo a escada.

- Eu nunca consegui te negar nada, não é? - perguntou ele colocando as mãos para trás e se preparando para retirar o capuz.

- Acredite, é um imenso prazer te rever... - dizia ao mesmo tempo em que exibia o rosto.

- ...Tasha.

...

Ao notar que quem ela procurava não estava no corredor, andou nervosamente em direção ao pátio. Chegando lá, viu Dmitri a distância, sentado tranquilamente em um banco lendo um livro, o quê a deixou inconformada a ponto de ir até ele bufando.

- Não acredito nisso - disse ela em um tom nada amigável.

- Não acredita em quê, Tasha? - foi a resposta dele, sem nem levantar os olhos do livro.

- Que você está lendo uma das suas porcarias incompreensíveis.

- Nietzsche é fascinante, você deveria experimentar - disse ele, ao mesmo tempo que marcava a página e fechava o livro.

- Eu nem tenho tempo para estudar para as provas e você... você... - reclamava ela, arfando e com raiva.

- Não entendo sua raiva, Tasha - respondeu Dmitri com um sorriso cínico.

- Você sabe que odeio esse seu sorriso - disse ela com um olhar fulminante.

- Mas o quê posso fazer? Eu terminei a prova de duas horas em vinte e seis minutos e decidi esperar vocês aqui fora. Enquanto isso, estou lendo algo que abra minha mente.

- Eu sei - falou Natasha conformada, para em seguida sentar-se ao lado dele no banco.

...

- Meu amorzinho aprendeu bem - disse ele gemendo e com um sorriso, enquanto pressionava o local onde fora atingido.

- M-M-Mickey? - disse ela ainda tossindo um pouco.

- Claro que sou eu.

A voz era de Mickey realmente, mas ela continuava não reconhecendo o tom e muito menos o olhar dele e antes que ela pudesse falar qualquer coisa, ele saltou em sua direção.

Minnie não conseguiu reagir e recebeu diretamente o impacto do peso dele em cima de seu corpo. Com toda a tranquilidade, Mickey soltou a pistola no chão, virou Minnie para cima, sentou-se na barriga dela e segurou novamente seu pescoço com a mão esquerda, mas sem apertar.

- Não grite, tudo bem? Eu não vou te machucar, só fique quietinha - pediu ele.

- É você mesmo? Por quê está fazendo isto comigo? - perguntou ela com a voz embargada.

- Por quê é necessário. Quer uma prova de que sou eu mesmo?

- Enquanto você chorava achando que íamos morrer no fundo daquele poço, eu te prometi que iríamos sair de lá e que nunca mais você se sentiria sozinha, pois eu sempre estaria por perto.

Minnie arregalou os olhos, pois apenas Mickey teria como saber disto.

...


7 comentários:

  1. Espetacular! Espero ansiosamente pelo lançamento deste novo livro. Eu lhe sou muito grato, não só por ter escrito livros tão bons, mas por ter me dado coragem para escrever também. Sempre tive vontade, boas ideias (inclusive, cheguei a imaginar uma história no universo de Nova Patópolis depois de ter lido seus livros), mas nunca tive coragem. Agora, se tudo correr bem, espero ter um livro pronto em Janeiro.

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    1. Obrigado pelo depoimento Gabriel,
      Fico muito feliz de ter te ajudado a realizar esse sonho...
      Após pronto, se quiser uma ajuda na divulgação, é só pedir... Pelos blogs e facebook alcançamos bastante gente...
      Abs

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    2. Muito obrigado, de coração!
      Não é querendo abusar, mas como eu disse, eu imaginei um história de Nova Patópolis. Você me deixaria escrevê-la e te mandar? Desde que li seus livros fiquei muito interessado neste universo que você criou e comecei a imaginar mais histórias nele.
      Se não quiser, pode me falar sem medo, que eu entenderei perfeitamente. Você já me fez um favor enorme se disponibilizando para divulgar meu livro.
      Um abraço,
      Gabriel

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    3. Que isso, Gabriel, disponha...
      Claro que não abusa, vou amar receber histórias do universo que estou criando... Escreva e mande sim, vamos conversando e vemos qual a melhor forma de lançar... Também tenho diversas histórias planejadas e roteirizadas, mas falta tempo para por no papel...
      Se tiver alguma duvida de contexto ou linha temporal para escrever, pode perguntar... Meu email é o
      agibiteca@gmail.com
      Abraços meu amigo,
      Daniel

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    4. Este comentário foi removido pelo autor.

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    5. Este comentário foi removido pelo autor.

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    6. Tranquilo Gabriel...
      Curioso para ver a história que você imaginou...
      Abs

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