terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Nova Patópolis Volume 02 - Prévia do Capítulo "Solidão"
Bom dia Pessoal,
Estou deixando hoje a primeira prévia do volume 02 de Nova Patópolis - Origens.
A história começa com a infância e treinamento da agente especial Ka K.
Grande abraço a todos,
Daniel
...
- Eu sei, eu sei. Me interessa saber se ela serviria. Senão, eu nem a tiro daqui - explica o primeiro.
- Acredito que sim. Como ela tem uma carga de agressividade muito alta, você poderia direcioná-la para um objetivo - diz o segundo, pigarreando.
- Hmmm. Mas eu precisaria fornecer um ambiente idêntico a sua vida passada - comenta o primeiro - Preciso de um casal que a crie como uma filha legítima.
- É verdade. Mas o ideal mesmo seria esperar mais um tempo para ela esquecer completamente o pai e a mãe - diz o segundo.
- E quanto tempo você acha que ela precisa? - pergunta o primeiro, com a mão no queixo pensativo.
- Hoje ela tem quatro anos. Eu esperaria até pelo menos os sete para leva-la para uma nova casa - arrisca o segundo.
- Vou seguir seu conselho. Nestes três anos, encontrarei um casal de agentes que queira uma filha, com o objetivo de treiná-la - conclui o primeiro.
- Como o senhor preferir, Diretor - concorda o segundo.
- Então por hoje é só, Doutor. Muito obrigado - diz o primeiro, estendendo a mão e dando um aperto vigoroso.
- Disponha Diretor - completa o segundo.
...
- Consegui, consegui - vibrava Karen rindo. - Te derrubei papudo!!!!! E agora, quem não está pronta? - continuou ela animadíssima.
O seu pai estava caído no chão e não respondeu nada.
- Levanta pai. Admita que perdeu - disse Karen de novo.
Ele continuava imóvel e em silêncio.
- Pai, isto não é engraçado - disse Karen em um tom preocupado - Pai? Pai?
Silêncio.
- Ai, meu Deus! Será que ele bateu a cabeça? - pensou Karen nervosa e se ajoelhando ao lado do pai. Ela se agachou para levantar a cabeça dele e verificar.
No momento em que ela colocou a mão sob a cabeça do pai, ele segurou seu braço e acertou uma cabeçada em seu bico. A dor e a surpresa a derrubaram no mesmo momento.
Enquanto ela estava no chão gemendo com as duas mãos no bico, seu pai levantou-se. Em seguida, pegou uma braçadeira do bolso e se agachando rapidamente prendeu seus dois pulsos, deixando-a totalmente indefesa.
Finalmente retirou a faca da bainha presa a direita da cintura e se ajoelhou ao lado dela, que ainda gemia com a dor intensa.
- Bom, vamos ver. Se eu fosse um inimigo bonzinho, apunhalaria seu coração e você não sofreria por muito tempo - comentou seu pai, pressionando a ponta da faca no peito de Karen.
Ela ficou gelada ao sentir esta pressão.
- Mas se eu fosse um inimigo malvado, cortaria seu pescoço - continuou seu pai, pressionando o fio da faca abaixo de seu bico. Neste momento ele se aproximou mais do seu rosto e olhou direto dentro dos olhos assustados dela. – E enquanto você estivesse agonizando, afogando-se em seu próprio sangue, seria violentada – concluiu ele em um tom muito sério.
Assim que viu as lágrimas se formando nos olhos de Karen, ele sabia que a mensagem estava entendida. Desencostou a faca do pescoço dela e se levantou dizendo:
- Você é uma menininha ingênua de quinze anos, Karen. Só estará pronta quando não confiar em ninguém, não hesitar diante de nada e não tiver piedade do inimigo.
Com esta última frase, seu pai começou a ir embora.
...
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